sábado, 8 de março de 2008

Nov04 Dubai


23 de Novembro de 2004, 00:30

Finalmente chego ao aeroporto internacional Rashid qualquer coisa, no Dubai. Finalmente, mas ainda bem que na companhia aérea dos Emirates Árabes Unidos. Basicamente, a classe do povo (aquela em que viajei), assemelha-se à executiva de muitas outras companhias aéreas. Vocês vão gostar!
Pareceu-me ter aterrado num oásis de luz, no meio de um imenso deserto, depois de ter confundido as sombras das dunas de areia ao luar, com ondas do mar. Apesar da idade, é a minha primeira vez no deserto!
À saída do aeroporto, o impacto é semelhante ao de quem chega a um qualquer destino tropical: uma onda de calor e humidade que nos bate como um soco.
E lá estava a minha amiga Sara, no meio de uma multidão de árabes, a acenar para que eu não ficasse muito tempo com aquela cara de parva, de quem procura alguém, não sabe muito bem onde.
O Dubai é uma cidade hi-tec, desenvolvida nos últimos 50 anos, no meio do deserto, e isso é que a faz tão diferente. Tem o hotel mais caro do mundo, o(s) prédio(s) mais alto(s) do mundo, as corridas de cavalos com o prémio mais elevado do mundo (e também as de camelos...), o campo de golf mais importante dos circuitos mundiais e, a maior quantidade dos melhores carros do mundo por km2, conduzidos por árabes muito charmosos e vaidosos, sem excepção de sexo, testemunham as maquilagens, óculos Chanel e relógios Cartier, a espreitarem por debaixo dos panos.
As praias são quentes (o que no verão as torna praticamente interditas), de areias claras, palco de passeios de camelos coloridos, para turista ver, águas cristalinas e muito salgadas (boas para quem gosta de boiar!), e só virando as costas ao mar, nos damos conta que o pano de fundo é uma metropole de betão.
As mesquitas são muito bonitas, pelo menos pela sua beleza arquitetónica exterior (embora tenha conhecimento de que existe uma mesquita cuja entrada é permitida às senhoras), num país onde as leis do islão imperam.
A riqueza assume uma forma quase luxuriante e a pobreza parece não existir (pelo menos a olho nu). Os recursos energéticos resumem-se ao petróleo, disponível a 1/5 do preço do resto do mundo, e a água, um bem precioso no deserto, não impede a existência de espaços verdes a enfeitarem toda a cidade.
O ritmo é frenético, numa cidade em crescimento, como um gigantesco estaleiro, muito bem organizado, à beira do Golfo Pérsico plantado.
Para quem tem vertigens, não aconselho a subida às torres dos Emirates, nos elevadores panorâmicos. Aconselho, mesmo a quem sofre de problemas cardiacos, o desert safari. A não perder, o passeio pelos mercados tradicionais da cidade. Aproveitem para saborear a gastronomia do médio oriente e percam-se com os odores do oriente, tão agradáveis.
Se tiverem amigos no Dubai (é provável, dados os mais de um milhão e meio de estrangeiros residentes), vale a pena visitá-los. Contudo, podem não ter muito tempo para vos acompanhar, dado que trabalham de sol a sol.

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