quarta-feira, 28 de maio de 2008

AVENTURAS POR PORTUGAL I

Saímos cedo rumo ao Norte, e para não ficarmos retidos no trânsito matinal da Ponte 25 de Abril, optámos pela Vasco da Gama e lá seguimos. A1, Porto, Braga, Ponte de Lima, Arcos de Valdevez, onde almoçámos, Ponte da Barca, e entrámos no Parque Nacional Peneda Gerês. Passámos a barragem do Lindoso e a partir daí foi cavalgar pela Serra da Peneda, seguindo as indicações, perguntando a alguma vivalma que se cruzasse no caminho ou apenas por pura inspiração, lá fomos avançando em direcção ao Lugar da Peneda, onde se encontra o Santuário da Nossa Senhora da Peneda. Não foi fácil lá chegar, até porque 25km de serra criam a ilusão de que são 50km e por isso pensámos muitas vezes que estávamos perdidos e já a entrar em Espanha. Mais o meu pai, que influencia negativamente qualquer ambiente com algum positivismo. “Devíamos ter virado à esquerda no último cruzamento”, “Já devíamos ter chegado”, “Não devemos estar no caminho certo”. É de tirar a paciência a um santo, mas o que fazer?! É meu pai, o único que tenho, já com 80 anos, a completar no próximo mês de Novembro, e já não vai melhorar. Comprovo que a vida humana segue um gráfico com o formato de uma pirâmide, e no final da vida, física e mentalmente, volta-se à infância. O corpo fica debilitado, perde-se a visão e a audição, a capacidade de raciocínio cai o comportamento não é muito diferente do de uma criança de 8 anos, que precisa de ser protegida como tal.














E lá chegámos ao vale onde se encontra o Santuário, com as mais de uma dezena de pequenas capelas, a ladearem as mais de uma centena de degraus, até à igreja. Num patamar intermédio entre as escadarias, o Hotel da Peneda, com um interior muito acolhedor e confortável, face às fachadas exteriores em pedra, perfeitamente enquadrado na paisagem local. No cimo de tudo isto um enorme rochedo por onde cai a água como uma cascata. O Lugar da Peneda é de facto muito bonito que merece ser visitado, de preferência com tempo e gosto pelas caminhadas, pois é uma zona propícia para explorar os trilhos da Serra da Peneda.

No dia seguinte fizemos-nos à estrada novamente, desta vez em direcção ao sul e até Oliveira do Hospital.
Os meus tios e prima esperavam-nos no lugar onde vivem, que é em pleno campo. Nem sequer se trata de uma vila ou aldeia, é uma quinta num vale chamado Areeiro, ao qual se tem acesso por uma terra chamada Loureiro, um pequeno conjunto de casas de granito à beira de uma estrada estreita de alcatrão antigo e bastante comido.
No Areeiro existem algumas casas (não chegam a uma dezena), rodeadas de cultivos e pinheiros. Faz-me muita confusão como é que a correspondência chega ao destinatário correcto, uma vez que não existem números de portas, apenas umas quantas caixas de correio à beira da estrada (agora asfaltada), sem qualquer identificação. “Os carteiros são de cá e conhecem toda a gente”, explica-me a minha prima.
A casa da minha tia é muito antiga, com paredes muito grossas, mas já foi aumentada várias vezes para construir um anexo de dois quartos, zonas de arrumação para a lenha e um fumeiro, onde agora estão pendurados os enchidos frescos provenientes da matança do porco que ocorreu há umas semanas atrás. A lenha está sempre a arder, noite e dia, até que os chouriços e as farinheiras fiquem no ponto. Há ainda a casa do Link, o serra da estrela gigante, para o qual e minha prima cozinha grandes panelões de carne, porque ele não se contenta só com a ração.
Acordar no campo é uma espécie de dádiva para quem adormece e acorda o ano inteiro dentro de uma prateleira de um dos armários encavalitados nas grandes cidades. Como dormi no sótão, o piar dos passarinhos bebés nos ninhos feitos entre as telhas do telhado foi uma constante toda a noite. Quer dizer, não deixei de dormir por causa disso, mas acordei com o mesmo que som que me adormeceu. Desci ao pequeno terraço do 1º andar e matei as saudades de tomar um café fresco e espreguiçar com o vale, com as galinhas, os coelhos, a Clara e o Nicolau, i.e., a mão do Link e a gata da vizinha, e com as gentes daquele lugar, que já acordaram há muito e já vão a meio da lida diária do campo. Rijas e com a pele curtida pelo sol e pela geada, parecem-me felizes na sua simplicidade. Pelo que percebi das respostas dos meus tios às minhas perguntas curiosas sobre a vida alheia, há de tudo: vidas permanentes, casas de férias, palheiros reabilitados e transformados em habitações de casais ingleses e holandeses, que animam a vida dos habitantes mais antigos, pela curiosidade e pela engraçada forma de comunicação, enquanto ambas as partes não aprendem o básico das línguas que lhes são estranhas. Mas há também os casais jovens, como a família da Joana e do Rodrigo, 18 e 10 anos, respectivamente. Estudam, navegam na net, jogam playstation, vêem televisão e ainda sabem que as galinhas não nascem nem crescem nos super-mercados. “Mas hoje em dia já é tudo diferente”, diz o meu tio, “já não vão a pé para a escola, a carrinha vem buscá-los pela manhã e trazê-los no final do dia”. Há outras coisas que permanecem iguais, como a carrinha do pão, que chega bem cedo, com a sua buzina de aviso, e o pão fresquinho para o pequeno-almoço!

domingo, 25 de maio de 2008

TRAVELLING ALONE

Pois é, viajar é muito bonito, com companhia. Viajar só, não sei se é tão divertido. Até gosto de viajar sozinha, mas quando tenho um objectivo especifico ou quando domino os locais. Agora, viajar à descoberta, sozinha, parece-me sem sentido. Não ter ninguém para partilhar as emoções ou para discutir as melhores opções a tomar, soa-me a pobreza de espírito. Apesar de já ter vivido tantas aventuras, algumas delas só, procuro perceber porque me aflige viajar sozinha. A quem vou dizer “UAU, que bonito!”?
Bom, mas como quem não tem cão, caça com gato (que é uma expressão à qual acho piada), se tenho disponibilidade, mental, temporal e financeira, tenho que avançar, mesmo que não haja mais ninguém que eu conheça que tenha. “Nessa altura é impossível”, “Não tenho dinheiro”, “Não me apetece”. Paciência!
Como não gosto de marcar programas com muita antecedência, acabei por decidir avançar com o vá para fora lá fora, uma semana antes da partida. Norte da Índia era o meu objectivo inicial quando entrei na agência de viagens, daquelas muito conhecidas, onde se pode ingressar num programa do tipo excursão à Chamusca com um qualquer Centro de 3ª Idade. “À Índia, com uma semana de antecedência é muito complicado”, avisou-me o simpático senhor que me recebeu. E aceitei a ideia assim que percebi que os suplementos a acrescer ao já identificado suplemento de alojamento single, encarecia a viagem em quase 50%. Alternativa: Egipto. E lá vou eu, com um programa intenso de pirâmides, túmulos e templos à beira do Nilo. Acompanhada, nunca faria este destino desta forma, mas é o gato que tenho. Não é uma viagem de sonho, mas parece-me uma alternativa simpática, para mim e para os milhares de turistas com quem me vou cruzar. A ver vamos!
A Índia, o Japão, a Jordânia e Israel, vão ter que esperar.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

PATINHAS


Estas são duas das quatro patinhas de felino que tatuei entre entre o pulso e mão! A maior parte das pessoas que repara diz que é irreverência, mas no fundo acho que espelham o medo do irreversível. É curioso though, porque a vida tem prazo e só se vive uma vez, right!

EUROVISÃO

Sou eu que estou a ficar velha ou o festival da canção da eurovisão, ou lá como é que se chama, vai de mal a pior? Primeiro achei estranho a velha e clássica Europa não estar representada, mas depois percebi que estava a ver uma espécie de semi-final dos piores, já que houve quem tivesse entrada directa para a final. E acho muito mal Portugal não ter sido um dos escolhidos, directamente e sem passar pela casa partida, para concorrer com os melhores, dado que este ano, me parece mesmo que somos os melhores! Talvez seja a primeira vez que torço pela música de Portugal, já que não sou do tempo da Madalena Iglesias ou da Simone de Oliveira.
Fico arrepiada de ouvir a Vânia a cantar, acompanhada pelos expressivos outros OT’s, e de facto fico a pensar que a madeira é um case study, além do Alberto João Jardim, também saíram de lá o Cristiano Ronaldo e a Vânia Fernandes! ... e Portugal acabou de ser apurado para a final! Estava a ver que não!
Estando eu na sala, com a tv ligada e sem ninguém para comentar quão horríveis eram as músicas, agravadas pelas pirosas coreografias, só me restou a alternativa de escrever para desabafar a minha agonia. Aqui estão todos estes novos países da Europa de Leste, que faziam melhor se estivessem preocupados em sair, definitivamente, da guerra fria, em vez de fazerem estas figuras tristes. Faz uma pessoa parte da União Europeia, com estatuto de cidadão europeu, e tem que levar com a Eurovisão e com as Bielorrússias e as Ukranias, a fazerem-se representar por umas raparigas louras e uns senhores de cabelos compridos, a cantarem em inglês, ao som do disco sound, que mais parece a banda sonora dos bailes lá da terra da minha mãe, que não é qualquer terra, mas uma terra que faz parte da beira alta, onde as pessoas falam axim. Realmente!

080522/RS

terça-feira, 20 de maio de 2008

FOLHA DE PAPEL

Decidi que valia a pena colecionar este pensamento de uma folha de papel branco, que o Nuno me enviou, a propósito de alguém, que parece muito complicado.
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Disse uma folha de papel branco :
"Pura fui criada e pura permanecerei para sempre. Antes ser queimada e convertida em brancas cinzas, do que suportar que a negrura me toque ou o sujo chegue junto de mim".
O tinteiro ouviu o que a folha de papel dizia, e riu-se em seu escuro coração. Mas não ousou aproximar-se dela. E os lápis multicoloridos ouviram-na também, e nunca se aproximaram dela. E a folha de papel, branca como a neve, permaneceu pura e casta. Para sempre, pura, casta e vazia.
(Khalil Gibran)

quarta-feira, 7 de maio de 2008

COMENTÁRIOS

Não tenham medo de fazer comentários. Era giro e eu gostava. É só fazer um clique no final de cada mensagem (no canto inferior direito), em vez de me enviarem mensagens por e-mail, exactamente com comentários sobre estes textos. Boa?!

DIÁRIOS ANTIGOS SOBRE DUAS RODAS

E porque andei a limpar a minha caixa de correio electrónico, ainda descobri estes pequenos relatos dos meus primeiros tempos sobre duas rodas, que enviava por e-mail, assim que chegava ao trabalho, e me sentia a salvo, logo após as cruzadas matinais contra o trânsito!
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From: Rita Maria Pestana Ferreira Salteiro
Sent: algures em Agosto de 2006
Subject: diário de uma vespa

Bom dia,
É só para avisar as pessoas de quem gosto, que hoje foi o meu primeiro dia de motard na cidade de lisboa e correu tudo bem (tive que pedir ajuda a um senhor que ía a passar para estacionar a mota, mas fora isso, está tudo under control!). Por isso podem conduzir com perfeita normalidade que, pelo menos eu, não vou causar problemas no trânsito lisboeta. Mas se virem alguém com dificuldade em colocar o descanso central para estacionar a moto, por favor ajudem!

Tenham uma boa semana.
Bjnhos
Rita PS: por enquanto demoro 30 min. casa-trabalho (15 min no percurso e o restante para colocar o descanso!)

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Sent: sexta-feira, 1 de Setembro de 2006 9:51
Subject: diário de uma vespa
bom dia a todos,
hoje tenho q partilhar com vocês o meu percurso casa-trabalho na minha pele de motard, ou será vespard?! é q ainda me estou a rir!
para começar acordei às 8:00 e só saí de casa às 8:30, hora de entrada ao serviço! (pensavam q eu ía contar os pormenores do duche matinal!)
hoje foi o primeiro dia q usei a via verde nas portagens da ponte 25 de abril e o dispositivo vem com um elástico standard para colocar no braço, a provar a teoria de que numa mota o condutor é o próprio parabrisas da viatura! o problema é q o elástico é mto grande para mim, e foi um filme só para arranjar uma maneira de levar o dispositivo sem ter de parar na própria via-verde!
depois um trânsito terrível e eu toda contente no meio de duas filas de carros, a fazer alguma ginástica para não levar comigo nenhum espelho retrovisor. e hoje descobri que os motards são grandes cavalheiros... colocam-se atrás de mim e insistem em não me passar à frente, enquanto eu fico ali stressada, a tentar passar o mais rápido possível e com aqueles barulhos de motores potentes mesmo atrás de mim, e só quando eu, já um bocado irritada, lhes ordeno q passem à minha frente, é q compreendem. e normalmente dizem "o q é preciso é ter calma!"
depois veio o estacionamento. o local habitual onde estaciono a mota estava ocupado e a alternativa tinha policias, os malandros. ñ pensem q é fácil estacionar uma mota. aqui na zona do chiado, em ruas inclinadas, as motas estão estacionadas de uma maneira q parece q um guindastre as colocou lá! bem, escusado será dizer q analisei pelo manos dois locais para escionamento de motociclos e nem sequer percebi como deveria fazer para deixar a minha vespa naquelas posições estilizadas. acabei por encontrar um sítio relativamente fácil, só que numa descida. nunca tinha experimentado colocar o descanso central, o tal q ñ é mto fácil, em inclinações. estive uns 10 min a tentar, até q um senhor (a rir-se o suficiente para eu perceber q já estava a observar o expetáculo há algum tempo) me veio ajudar, e eu agradeci claro, até gosto de contribuir para a felicidade alheia e logo pela manhã!
com isto tudo cheguei aqui às 9:00.
bom trabalho e bjnhos

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Sent: terça-feira, 19 de Setembro de 2006 14:27
Subject: Diário de uma Vespa - última edição de verão
Olá meus queridos amigos,
Confessem que já tinham saudades destes diários de aventuras sobre duas rodas!Mas agora já não tem tanta piada, já não preciso de pedir ajuda para estacionar, já fluo entre as filas de trânsito (e ainda não levei nenhum retrovisor alheio para casa!), e já nem preciso de me desviar para deixar passar os outros motards, agora até já consigo abrir caminho para as motas que vêm atrás! Mas nada de selfconfidance a mais, não vá acontecer alguma...
É claro que ainda dá para reparar que sou uma novata nestas coisas, um bocadinho "desengonçada", como diria a Silvia, quando no outro dia viu uma mota tentar sair de um passeio, em direcção à estrada e estava a ver que a desengonçada da condutora não conseguia passar sem bater no carro dela (a condutora era eu, como viemos a descobrir mais tarde!). Mas no fim de contas ela teve que andar um kilómetro até casa da Joana, enquanto eu estacionei em frente à porta, essa é que é essa!
Era só mesmo para cumprimentar e dizer-vos que os arranhões (meus e da vespa) estão a diminuir, prevendo-se um novo capítulo quando começar a chover...
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Sent: quarta-feira, 11 de Outubro de 2006 10:06
Subject: Diário de uma vespa à chuva
A pedido de muitas famílias e tal como tinha prometido, agora que começou a chover a sério, regressa a saga dos Diários de uma Vespa (numa versão mais soft, sem grandes pontos de interesse, i.e., sem grandes momentos hilariantes!)
Esta manhã acordou chuvosa e enquanto tomava o pequeno almoço à janela da cozinha, pensava: vou de vespa ou de beetle? A estrada molhada e a água a saltar dos pneus dos carros não era muito convidativa! "Vá, coragem Rita, é hoje que vais estrear as tuas novas calças impermeáveis", que não são bem próprias de mota, uma vez que essas ficavam-me um bocado gigantescas, mesmo o número mais pequeno! mas são giras e sem referência à mota, até posso ser confundida com os homens do lixo! não, não são amarelas! são pretas com umas riscas reflectoras cinza. muito fashion até!
E lá vim eu de vespa!
A fila de trânsito começava logo a seguir à minha casa e parecia que os deuses tinham aberto os chuveiros para o duche matinal assim que eu saí da garagem! No meio dos carros, com as pessoas abrigadas no interior, senti uma enorme solidão: sózinha, ali debaixo da chuva, parada num semáforo, nem as minhas calças novas me estavam a dar alento. Mas eis que surgiram repentinamente muitos motards, todos com fatos de chuva, formando-se uma fila de motas que foi passando calmamente entre os carros parados. Foi o máximo! Cheguei ao banco seca e a horas! E foi assim que senti que a chuva não me vai estragar o inverno, nem me vai alterar o horário de verão.
Agora que já domino a besta (como diria a Filipa!), e já experimentei o piso molhado, já não há grandes aventuras para contar, mas prometo relatar-vos qualquer acontecimento digno de nota.

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Bom dia my friends!
Este diário é mesmo muito espontâneo, mas não posso deixar de partilhar a aventura que é andar de mota debaixo de chuva torrencial e vento forte! A chuva é o menos, porque com as minhas calças impermeáveis fashion e as minhas luvas de mergulho (são só de 2,5mm, é que as luvas de mota ficam-me mto grandes, mesmo as xs! então achei que umas da cressi me resolviam o problema, e não podia ter escolhido melhor: maleáveis e aderentes!), não há chuva que me molhe. O maior problema é mesmo o vento, que para as motos, em cima da ponte 25 de Abril, mais parece que o vento se vai transformar num tornado e levar as motas pelo ar (até ando a pensar em adaptar um para-quedas à vespa!). É uma verdadeira epopeia atravessar o tejo!
Mas no final, o que conta é que chego a horas e seca ao destino!
Bjnhos

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Sent: sexta-feira, 20 de Outubro de 2006 9:41
Subject: Diário sem Vespa!
Depois de dois meses a fazer o percurso casa-trabalho-casa de vespa, foi uma desilusão o percurso desta manhã, sem vespa!
Depois de passar a noite a ouvir o vento (talvez exageradamente, já que vivo no último andar do prédio!), concluí que o melhor era aproveitar a boleia da minha amiga Sónia e até já estava decidido, quando a minha mãe se deu ao trabalho de me ligar, ainda de madrugada, para dizer. "filha, por favor, não vás de mota hoje, está muito vento para atravessares a ponte". Mães!
Depois da aventura radical que é andar de carro com a sósia do shumacherSónia ao volante, verdadeiramente impróprio para cardiacos, lá cheguei a lisboa, no meio da confusão de chuva, carros, pessoas e chapeus de chuva aos montes, tipo cogumelos coloridos a passear pela cidade.
Depois de ter conseguido, com grande esforço, entrar na carruagem do metro (embora metade do chapeu de chuva tenha ficado do lado de fora!), lá cheguei à baixa-chiado, tipo sardinha enlatada, daquelas com molho, tal era a confusão de chapeus de chuva encharcados a serem espremidos entre a multidão.
Depois de experimentar uma vespa é impossível suportar um suplício destes. Viva as motas e os motards! Viva os fatos impermeaveis e as luvas de mergulho! Viva as Vespas! (não as bestas, Dina!).
Bjnhos

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Sent: segunda-feira, 13 de Novembro de 2006 9:20
Subject: Diário da CBF 250
Bom dia meus queridos!
É com alguma pena, mas tb com algum entusiasmo, que informo que, este fim de semana, troquei a Vespa 250 pela Onda CBF 250! É verdade, fui comprar um capacete novo, lindo, fashion, da BMW, e caríssimo, e acabei por comprar uma mota nova! As más linguas dizem que troquei de mota por causa do capacete, o q não é totalmente verdade, mas de facto o meu novo capacete não condizia mto bem com a Vespa e tem mto mais compatibilidade com a CBF, começando pela cor, cinza metalizado, e acabando no estilo, mto mais moderno e aerodinâmico! Por outro lado, como já passou o tempo das sandálias... no próximo verão se verá!Não é q a CBF seja melhor q a Vespa, q não é. A potência é a mesma, a CBF só tem travão de disco à frente, e a Vespa tem nas duas rodas. A Vespa vem c/ABS e a CBF sem. A Vespa tem montanhas de espaço para arrumação, a CBF nem um milímetro. Mas a CBF faz mto + o meu estilo!
E a partir de hoje, inclusive, já ando por aí de onda, a fazer aqueles barulhos de aceleração do motor para avisar os automobilístas que vou passar. E é bom q tenham atenção, porque isto de andar 3 meses de mota com caixa automática e depois voltar às mudanças não é fácil e a probabilidade de me enganar qundo quero travar é enorme. Aliás, no próprio dia em que saí do stand, caí, numa espécie de cruzamento ao lado de uma rotunda mto perto de minha casa. Queria travar, pressionei a manete errada e acabei por cair. O trânsito da rotundo parou na expectativa enquanto eu me levantei, como se nada fosse, e sem tirar o meu capacete novo fiquei ali a olhar e a pensar "como é q eu vou levantar esta coisa!". Sim, porque apesar de pesar menos 10kg q a Vespa, não a consigo levantar na mesma! Bem, como sempre, uma alma caridosa veio em meu auxílio e levantou-me a mota do chão! E pronto, agradeci, voltei a montar e prossegui o meu caminho, tranquila! Até porque ela, a mota, tem q se habituar a estas coisas e uns riscos personalizados nunca ficaram mal a ninguém!
We'll keep in touch
Bjnhos

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TANZANIA

Estas são algumas das fotos, as minhas eleitas, tiradas pela Filipa, Gonçalo, Joana e Ricardo, em Setembro de 2005, na Tanzania.
Absolutamente fantásticas!
















Acho que merecem ser partilhadas!

TIME BREACK

Volta e meia faço uma pausa para me rir com os dois mails mais divertidos que já recebi:
- Como salvar Portugal da crise
- Diário de uma condutora loira
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PLANO PARA SALVAR PORTUGAL DA CRISE
Passo 1:
Trocamos a Madeira pela Galiza, mas os espanhóis têm que levar oAlberto João.
Passo 2:
Os galegos são boa onda, não dão chatices e ainda ficamos com odinheiro gerado pela Zara (é só a 3ª maior empresa de vestuário). Aindustria textil portuguesa é revitalizada. A Espanha fica encurraladapelos Bascos e Alberto João.
Passo 3:
Desesperados, os espanhois tentam devolver a Madeira (e AlbertoJoão). A malta não aceita.
Passo 4:
Oferecem também o Pais Basco. A malta mantem-se firme e não aceita.
Passo 5:
A Catalunha aproveita a confusão para pedir a independência. Cada vezmais desesperados, os espanhois oferecem-nos: a Madeira, Pais Basco eCatalunha. A contrapartida é termos que ficar com o Alberto João e osEtarras.A malta arma-se em difícil mas aceita.
Passo 6:
Dá-se a indepêndencia ao País Basco, a contrapartida é eles ficaremcom o Alberto João. A malta da Eta pensa que pode bem com ele e aceitasem hesitar. Sem o Alberto João a Madeira torna-se um paraíso. A Catalunhanão causa problemas (no fundo, no fundo, são mansos).
Passo 7:
Afinal a Eta não aguenta com o Alberto João, que entretanto assume opoder.O País Basco pede para se tornar território português.A malta aceita (apesar de estar lá o Alberto João).
Passo 8:
No País Basco não há carnaval. O Alberto João emigra para o Brasil...
Passo 9:
O Governo brasileiro pede para voltar a ser território português. Amalta aceita e manda o Alberto João para a Madeira.
Passo 10:
Com os jogadores brasileiros mais os portugueses (e apesar do AlbertoJoão), Portugal torna-se campeão do mundo de futebol!Alberto João enfraquecido pelos festejos do carnaval na Madeira e Brasil, não aguenta a emoção, e morre na miséria, esquecido de todos.
Passo 11:
Os espanhóis, desmoralizados, e economica e territorialmenteenfraquecidos, não oferecem resistência quando mandamos os poucos querestam para as Canárias.
Passo 12:
Unificamos finalmente a Península Ibérica sob a bandeira portuguesa.
Passo 13:
A dimensão extraordinária adquirida por um país que une a Península eo Brasil, torna-nos verdadeiros senhores do Atlântico, de uma costa àoutra e de norte a sul.Colocamos portagens no mar, principalmente para os barcos americanos,que são sujeitos a uma pesada sobretaxa por termos de trocar os dólaresem euros, constituindo assim um verdadeiro bloqueio naval que os leva àasfixia.
Passo 14:
Eles querem-nos aterrorizar com o Ben Laden, mas a malta ameaçaenviar-lhes o Alberto João (que eles não sabem que já morreu ).Perante tal prova de força, os americanos capitulam e nós tornamo-nosna primeira potência mundial.
É FÁCIL !
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Diário de uma condutora loira
Querido Diário (espectacular)
Passei no exame de condução! Posso agora conduzir o meu próprio automóvel, sem ter de ouvir as recomendações dos instrutores, sempre a dizerem-me "por ai é sentido proibido!" "Vamos em contramão!", "Olha a velhinha!
"Trava! Trava!", e outras coisas do género. Nem sei como aguentei estes últimos dois anos e meio...
8 de Janeiro
A Escola de Condução fez-me uma festa de despedida. Os instrutores nem sequer deram aulas. Um deles disse que ia a missa, julgo que vi outro com lágrimas nos olhos e todos disseram que iam embebedar-se, para comemorar.Achei simpática a despedida, mas penso que a minha carta não merecia tal exagero.
12 Janeiro
Comprei carro, infelizmente tive que deixar o carro no concessionário, para substituir o pára-choques traseiro, pois quando tentei sair, meti marcha - atrás em vez de primeira. Deve ser falta de prática.
Há uma semana que não conduzo!
14 Janeiro
Já tenho o carro. Fiquei tão feliz ao sair do "Stand", que resolvi dar um passeio. Parece que muitos outros tiveram a mesma ideia, pois fui seguida por inúmeros automóveis, todos a buzinar como num casamento..
Para não parecer antipática, entrei na brincadeira e reduzi a velocidade de 10 para 5 à Hora. Os outros gostaram buzinando ainda mais.
22 de Janeiro
Os meus vizinhos são impecáveis. Colocaram posters avisando em grandes letras: "ATENÇÃO ÀS MANOBRAS ", marcaram com tinta branca um lugar bem espaçoso para eu estacionar e proibiram os filhos de sair a rua enquanto durassem as manobras. Penso que e tudo para não me perturbarem. Ainda há gente boa neste mundo...
31 de Janeiro
Os outros automobilistas estão sempre a buzinar e acenar-me. Acho isso simpático, embora um pouco perigoso. É que um deles apontou para o céu com o dedo espetado. Quando procurei ver o que me apontava, quase bati.Valeu que eu ia a minha velocidade de cruzeiro de 10 à Hora.
10 de Fevereiro
Os outros automobilistas tem hábitos estranhos. Para além de acenarem muito, estão sempre a gritar. Não os ouço, por ter os vidros fechados, mas julgo que me querem dar informações. Digo isto porque julgo ter percebido um a dizer "Vai para Casa ". A ser verdade, é espantoso.Não sei como ele adivinhou para onde eu ia. De qualquer modo, quando eu descobrir onde fica o botão de abrir os vidros vou tirar muitas dúvidas.
19 de Fevereiro
A Cidade é muito mal iluminada. Fiz hoje a minha 1ª condução nocturna e tive de andar sempre nos máximos, para ver convenientemente. Todos os automobilistas com quem me cruzei pareciam concordar comigo, pois também ligaram os máximos e alguns chegaram mesmo a acender outros faróis que tinham. Só não percebi a razão das buzinadelas. Talvez para espantar qualquer cão ou gato. Sei lá.
26 de Fevereiro
Hoje tive um acidente.. Entrei numa rotunda, e como havia muitos automóveis (não quero exagerar, mas deviam ser, no mínimo, uns quatro), não consegui sair. Fui dando voltas bem juntinho ao centro, à espera de uma oportunidade, de tal forma que acabei por ficar tonta e fui chocar com o monumento ao centro da rotunda. Acho que deviam limitar a circulação nas rotundas a um carro de cada vez.
3 de Março
Estou em maré de azar. Fui buscar o carro à oficina e, logo a saída troquei os pés, acelerando a fundo em vez de travar.Abalroei um carro que ia a passar, amassando-lhe todo o lado direito. O automobilista era, por coincidência, o engenheiro que me fez o exame de condução.Um bom homem, sem duvida. Insisti em dizer-lhe que a culpa era minha, mas ele educadamente, não parava de repetir: "Que Deus me perdoe! Que Deus me perdoe!".
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E continuam a ter piada!

terça-feira, 6 de maio de 2008

OLIVIAS E SOFIAS II

Depois de me desfazer de metade do conteúdo do meu roupeiro de verão, fiz-me à vida e procurei perceber como posso ficar uma Sofia mais pequenina, sem me esforçar muito, meaning, sem me mexer!
Há dois anos, o alerta dos 55 kg levou-me a enveredar por um programa de tratamentos de endermologia e pressoterapia e chás e uma entediante romaria para as sessões e consultas com uma persistente nutricionista que não me conseguiu vergar. Depois de 3 meses de uma grande canseira, tinha perdido 2,5 kg, o que face ao desembolso, deu uma média de 1.000 euros por quilo. Admito que os centímetros perdidos ficaram um pouco mais baratos, pois, de facto, passei a ocupar menos espaço.
Agora é muito mais grave, porque o alarme só me fez despertar aos 60 kg, e depois da trabalheira que tive há 2 anos atrás, talvez só as terapias mais evasivas deverão funcionar.
“Fazemos uma lipo aqui, aqui, aqui, aqui e aqui, embora não garanta que aqui consiga o resultado que pretende. Mas podemos compensar com umas sessões de mesoterapia e tenho a certeza que vai ficar satisfeita com o resultado”. Onze mil, setecentos e qualquer coisa euros e mais qualquer coisa cêntimos, é o preço a pagar por um corpo por medida. Os cêntimos são engraçados though!
A alternativa mais baratinha, é uma interminável lista de tratamentos menos evasivos em pacotes de 12 ou 24 sessões, que totalizam cinco mil, blá blá blá, e não sei quantos cêntimos. É que tem mesmo piada os cêntimos!
Esquecendo os preços, utopicamente falando, não sei o que é pior, se os tais hematomas apertados numa tal de cinta, durante um mês, se a tal da romaria, que demora séculos, até esgotar os tais dos pacotes de sessões.
Ora aqui está um enorme incentivo à ginástica!
E, subitamente, até me parece que não estou nada mal.
080506/RS