segunda-feira, 24 de novembro de 2008

DIÁRIO DE MOTA COM MEDO




















Aqui vai um diário de mota um bocado deslocado.

Ultimamente, as minhas aventuras de Honda CFB 250cc, passam mais pelo terror do que pela graça da novidade despreocupada, que pautava os diários de há 2 anos atrás.
Parece impossível, agora que já tenho a experiência de 2 anos de viagens diárias casa-trabalho-casa, 2 invernos de calças impermeáveis, 2 verões de agradáveis aragens para disfarçar o calor e 2 anos sem saber o que é gastar tempo no trânsito, é que me ponho com estas idiotices de ter receio de voar na ponte e de cair quando estou a estacionar.
Não me importo muito de cair, porque normalmente caio quase parada, o que não dá azo a que me magoe sequer. O que é chato é não conseguir levantar a mota sozinha e ficar dependente de ajuda, o que pode ser muito nice se aparecer um rapaz prestável e com força, mas é muito ingrato quando não aparece ninguém, como no outro dia, que fiquei 45 min na minha garagem à espera que alguém saísse e me ajudasse a levantar a mota!
O principal problema é o vento, esse terrível elemento que aparece sem aviso e sem obedecer às previsões do Instituto de Metereologia e ainda por cima escolhe o Rio Tejo para fazer corrente de ar.
Esta manhã, lá vim eu a ser empurrada lateralmente, a fazer uns malabarismos com a mota meio de lado, para ver se não ia contra a protecção lateral da ponte. Foi assustador e deu para suar um bocado. Que seca!
É que depois falo com a Sónia e ela não teve problema nenhum nem achou que estava muito vento (apesar do alerta amarelo por causa do vento, que só percebi que existia depois de chegar ao banco). Granda maluca!
“talvez seja porque tu e a mota são mais leves”. Talvez, mas como é que eu tenho coragem para trocar a mota por uma CBF 500cc ou pela Hornet 600cc, se mal posso com esta 250cc?
Para tentar resolver o problema vou fazer um curso de condução defensiva (talvez ajude a defender-me do vento) e comprar um casaco com protecções (coisa que nunca comprei, porque nunca condiz com nada). A estratégia é render-me à segurança e deixar de lado a moda, pelo menos até me sentir menos mariquinhas.
Vamos ver se consigo ultrapassar esta fase e recuperar a confiança nas duas rodas!
No entretanto, se virem alguma mota a andar na diagonal em cima da ponte 25 de Abril, afastem-se. E se virem alguma miúda a tentar levantar uma mota do chão, please, ajudem! (já começa a ser repetitivo!).
Na foto é a Luana a posar para mostrar aos amigos na escolinha, em cima da moto da tia Rita!

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